quinta-feira, 28 de julho de 2016

“Brasil se vê distante da guerra geopolítica, mas está no centro”

Economia

Entrevista - Ronaldo Fiani

Em meio à discussão sobre o pré-sal, o País ainda se baseia na oposição simplista entre alinhamento aos EUA e antiamericanismo, diz economista da UFRJ

por Carlos Drummond — publicado 25/07/2016 10h27, última modificação 25/07/2016 18h41

O Brasil estaria na iminência de entregar ao capital externo o seu patrimônio petrolífero incomum e a empresa com a melhor tecnologia do mundo para explorá-lo, acusa a oposição ao governo interino de Michel Temer.

O projeto do senador licenciado e ministro das Relações Exteriores José Serra, de eliminar a participação obrigatória da Petrobras no pré-sal, seria o começo do retrocesso, apontam vários críticos.Os problemas não terminam aí.

Falta ao País uma estratégia diante do confronto geopolítico global, no qual o acesso ou o bloqueio a fontes de energia é um elemento central, ensina o professor de Economia Ronaldo Fiani, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Mais grave ainda: por possuir as reservas da camada do pré-sal, a tecnologia de prospecção e extração de petróleo em águas profundas e ter a China como sócia em uma área de influência dos Estados Unidos, o Brasil está na linha de impacto do>>>

O fascismo e sua imbecilidade ilógica

Hoje às 12h55 - Atualizada hoje às 12h58

Mauro Santayana

Célebre por seus estudos sobre a França de Vichy, Robert Paxton dizia que o fascismo se caracteriza por uma sucessão de cinco momentos históricos: a criação de seus movimentos; o aparelhamento do setor público; a conquista do poder legal; a conquista do Estado; e, finalmente, a radicalização dos fins e dos meios - incluída a violência política - por intermédio da guerra.

O fascismo de hoje se disfarça de “liberalismo” no plano político e de neoliberalismo no plano econômico.

Seu discurso e suas “guerras” podem ser dirigidos contra inimigos externos ou internos.

E sua verdadeira natureza não pode ser escondida>>>

quarta-feira, 13 de julho de 2016

No apocalipse, ainda restará a arte?

Literatura

Uma reflexão sobre o livro "Estação Onze" e por que precisamos da arte em momentos de ruptura e embrutecimento

por Aline Valek — publicado 13/07/2016 04h48

“Sobreviver não é o suficiente”: alguém disse isso em algum episódio da série Star Trek: Voyager, mas essa é apenas uma lembrança distante para o grupo de artistas que escolheu a frase como mote da Sinfonia Itinerante, que leva peças de Shakespeare de cidade em cidade, num mundo pós-apocalíptico em que a humanidade quase acabou por conta de uma epidemia avassaladora.

Distopias pós-apocalípticas são bons pretextos para exercícios especulativos sobre questões como: o que levaria nosso mundo a acabar? Seríamos um dos sobreviventes? Será que nos daríamos melhor com uma espada ou com um arco-e-flecha?

Porque claro, gostamos de nos imaginar como o sobrevivente do apocalipse que anda sempre armado e sabe exatamente o que fazer em situações de perigo, ainda que na vida real tenhamos dificuldade até para puxar o papel toalha do banheiro>>>

sábado, 2 de julho de 2016

Ministra do STF suspende ações contra Gazeta do Povo

Decisão paralisa processos até que STF determine quem vai julgar ações. Jornalistas são alvos de ações após divulgar remuneração de juízes.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu as ações movidas por juízes e promotores do Paraná contra o jornal Gazeta do Povo e cinco funcionários.
A decisão paralisa todos os processos até que o Supremo determine quem vai julgar as ações: se o próprio STF ou a Justiça do Paraná. A ministra Rosa Weber já tinha negado uma reclamação feita pela Gazeta do Povo, mas reconsiderou o caso depois de uma sentença desfavorável ao jornal.
Os processos começaram quando a Gazeta do Povo publicou uma série de reportagens, com base em dados oficiais e públicos, que mostraram quanto os juízes e promotores do Paraná receberam no ano passado.
Ao todo, são 42 ações de indenização, a maioria movida por juízes, que corriam em 19 cidades do Paraná. Desde abril, cinco profissionais do jornal Gazeta do Povo tiveram que viajar mais de 9 mil quilômetros, para responder a ações praticamente idênticas em 26 audiências.
Sem saber que estava sendo gravado, um juiz afirmou, numa dessas audiências, que os jornalistas>>>

Operação Desumanidade: delegados da PF não participam e MPF vê boicote

A segunda fase da Operação Desumanidade, realizada na terça-feira (28) em Patos e região, não contou com a participação de delegados da Polícia Federal. A PF cedeu apenas agentes para ajudar procuradores da República, membros do Ministério Público da Paraíba e auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) a cumprirem mandados de prisão, condução coercitiva, buscas e apreensões expedidos pela Justiça Federal.

A ausência dos delegados federais na ação de ontem ampliou ou no mínimo causou um tremendo racha entre o Ministério Público Federal (MPF) e a PF, acusada por procuradores da República de sabotar a Operação. Por sua vez, delegados dizem que o MPF assumiu sozinho as investigações porque sempre quis ter “um braço armado pra chamar de seu”, referindo-se à equipe dos agentes policiais que trabalhou sob ordens diretas dos procuradores.

A troca de acusações entre um lado e outro tem sido intensa nos últimos dois dias nas redes sociais que delegados e procuradores frequentam. Mas toda a insatisfação>>>