OPINIÃO
Dizem os desavisados que a ditadura militar brasileira acabou com a aprovação das eleições diretas em 1984. Outros, menos afoitos, dizem que ela acabou quando tomou posse o primeiro presidente civil (1986), no caso Tancredo Neves (que não assumiu) e seu Vice-Presidente, José Sarney (que assumiu no lugar dele). Outros, um pouquinho mais atentos, dizem que a posse desse primeiro presidente civil não valeu, porque ele foi eleito por um "colégio eleitoral" e não pelo povo. Para esses, começou a valer com a posse de Fernando Collor de Melo (1990). Esse, no entanto, foi cassado pela Câmara dos Deputados em 1992, deixando no seu lugar o Vice-Presidente: Itamar Franco.
Alguns, mais exigentes, não consideram o governo Itamar Franco como marco do fim da ditadura. Alegam que o povo não o elegeu, o que é apenas uma meia verdade. Os mais exigentes, portanto, consideram que a ditadura militar acabou quando tomou posse o primeiro presidente eleito pelo povo que cumpriu o mandato até o fim: Fernando Henrique Cardoso (1995-1998) que foi reeleito (1999-2002).
Dizem os desavisados que a ditadura militar brasileira acabou com a aprovação das eleições diretas em 1984. Outros, menos afoitos, dizem que ela acabou quando tomou posse o primeiro presidente civil (1986), no caso Tancredo Neves (que não assumiu) e seu Vice-Presidente, José Sarney (que assumiu no lugar dele). Outros, um pouquinho mais atentos, dizem que a posse desse primeiro presidente civil não valeu, porque ele foi eleito por um "colégio eleitoral" e não pelo povo. Para esses, começou a valer com a posse de Fernando Collor de Melo (1990). Esse, no entanto, foi cassado pela Câmara dos Deputados em 1992, deixando no seu lugar o Vice-Presidente: Itamar Franco.
Alguns, mais exigentes, não consideram o governo Itamar Franco como marco do fim da ditadura. Alegam que o povo não o elegeu, o que é apenas uma meia verdade. Os mais exigentes, portanto, consideram que a ditadura militar acabou quando tomou posse o primeiro presidente eleito pelo povo que cumpriu o mandato até o fim: Fernando Henrique Cardoso (1995-1998) que foi reeleito (1999-2002).
Porém, para muitos brasileiros, atentos às minúcias - porque dizem que Deus mora nos detalhes, o governo FHC não representou o fim da ditadura, porque viveu o dilema de não poder tocar nessa ferida para não atrapalhar a "governabilidade". Nesse caso, sobrou para a data da posse de Lula (2003) como marco do fim do regime militar?
Tem gente, no entanto, que não dessassossega e, ainda que Lula tenha sido eleito pelo povo - e também reeleito (2006), como as feridas deixadas pela ditadura permaneceram intactas, insistem em dizer que a ditadura continuou, bem disfarçada e frequentando os corredores do poder com toda a pompa. Daí, tem quem diga, que ficou para Dilma Roussef (2010) esse marco do fim da ditadura militar no Brasil, afinal ela foi presa e torturada pelos militares durante a ditadura. Claro, isso não é um consenso.
Agora, os mais exigentes dos mais exigentes brasileiros, querem cravar o dia 13 de agosto de 2013 (a data teria sido propositadamente escolhida?) como a data que marca o fim da ditatudura militar. Nesse dia, a Câmara dos Deputados devolveu o mandato para 14 deputados constituintes (todos mortos) eleitos em 1946 pelo PCdoB e cassados em 1947 pelo Superior Tribunal Eleitoral, entre eles João Amazonas e o consagrado escritor Jorge Amado.
Outros consideram que essa data, no máximo, indica que a ditadura brasileira, em lenta queda desde 1984, parece apenas imbicar em direção ao chão. Será? A dúvida é procedente, pois ainda há 150 deputados para receber de volta seus mandatos, cassados entre 1964 e 1977 pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5) da ditadura militar. Isso sem falar nos desaparecidos... capítulo também não resolvido.
Mas, voltando à data que deverá ficar para a história, definitivamente, como marco inconfundível do fim dessa tragédia nacional, há quem diga que ainda estamos longe dela e o que estamos assistindo é apenas o começo do fim. Ufa! Como diria o inesquecível Millôr Fernandez: tão lenta... que não pode ser chamada de queda.
Outros consideram que essa data, no máximo, indica que a ditadura brasileira, em lenta queda desde 1984, parece apenas imbicar em direção ao chão. Será? A dúvida é procedente, pois ainda há 150 deputados para receber de volta seus mandatos, cassados entre 1964 e 1977 pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5) da ditadura militar. Isso sem falar nos desaparecidos... capítulo também não resolvido.
Mas, voltando à data que deverá ficar para a história, definitivamente, como marco inconfundível do fim dessa tragédia nacional, há quem diga que ainda estamos longe dela e o que estamos assistindo é apenas o começo do fim. Ufa! Como diria o inesquecível Millôr Fernandez: tão lenta... que não pode ser chamada de queda.
Leia integra da notícia: http://www.ilheus24h.com.br/v1/2013/08/13/camara-devolve-mandatos-de-deputados-do-pcb-cassados-em-1948/
Veja lista dos deputados cassados: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/86950.html
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