Amarildo foi detido por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, na Zona Sul do Rio no dia 14 de julho passado e... desapareceu. As manifestações de rua adotaram o caso como ícone de combate às práticas de abusos, torturas e desaparecimentos que sempre marcaram a história da polícia militar de todo o país.
Em declaração à imprensa, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, afirmou que a polícia é a principal suspeita do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza. Ele desapareceu há 19 dias depois de ser
Segundo Maria do Rosário, deve ser considerada a 'hipótese concreta' de que agentes públicos foram responsáveis pelo sumiço de Amarildo. A ministra cobrou que a investigação foque na polícia como autora do crime.
Segundo a ministra "a polícia tem que ser o mocinho. Tem que estar junto com as pessoas da comunidade. Não pode abordar um trabalhador e ele desaparecer”, frisou a ministra.
O caso é importante porque está na pauta justamente no momento em que a presidente Dima sanciona lei de combate à tortura. Se tortura não deve ser mais tolerada no Brasil, muito menos o extermínio.
O governador Sérgio Cabral e seu Secretário de Segurança, Beltrame, afirmaram que a ministra não poderia acusar sem antes se proceder com a investigação. Nisso estão corretos, mas qualquer cidadão pode chegar à mesma conclusão: Amarildo foi preso, levado para a delegacia e desapareceu. O carro que o prendeu estava com o GPS desligado e as câmeras que registram a entrada e saída na porta da delegacia estavam desligadas, justo no dia do desaparecimento de Amarildo. Coincidências? Em termos de segurança pública e de serviços públicos a culpa é determinada pela ação ou pela omissão. No caso, não há espaço para "coincidências". Ponto para a ministra.
Fonte: diversas.
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