Como desestabilizar uma família nas redes sociais? Os Fakes do GDF sabem.
Meu nome é Kimberlly
tenho 17 anos, sou filha de uma jornalista e isso, de inicio, nunca foi fácil
para mim. Minha mãe sempre viveu para trabalhar, e não apenas por dinheiro,
como a maioria, ela sempre teve gosto pela coisa. Lembro do sufoco que foi para
ela cursar a faculdade, o quão difícil foi conciliar vida social, profissional
e pessoal com os estudos. Lembro-me de ouvi-la dizer "calma filha, um dia
vai valer a pena". Hoje talvez valha, ela trabalha no que gosta e escreve
cada matéria com amor, só me pergunto se realmente vale a pena manifestar sua
opinião contando com uma democracia que não é respeitada. ...
Um belo dia cheguei em casa e, como de rotina,
liguei o computador. Assim que entrei no Twitter vi algo que me deixou
primeiramente irada, depois magoada e por fim, desiludida. Uma pessoa chamando
minha mãe de “vagabunda”, outra dizendo que ela era “amante de um outro
jornalista”, outro alegando que ela não existia e que ainda por cima fazia
parte de uma quadrilha de crime organizado, e sabe o motivo? ...
Por que ela estava dizendo boas verdades sobre
o atual governo do DF.
O que ela disse pode até ter doido para o
governo, mas a mentira vinda dos fakes dentro da minha casa doeu muito mais. As
pessoas na escola vinham me perguntar por que minha mãe estava sendo xingada
nas redes sociais, e por que a acusavam de manter um caso extraconjugal e participar
de uma quadrilha.
Eu nem sabia o que dizer, me sentia
envergonhada, por vezes tive que ser buscada na escola mais cedo por não saber
como reagir a tantos questionários.
Mas o amor a profissão falava mais alto, então
tive que excluir minha própria mãe de qualquer meio social que eu possuía, para
não ver esse tipo de ofensa descabida que me fazia sentir impotente por não
poder fazer nada e que por diversas vezes me fez chorar.
Recentemente abri uma revista que minha mãe
estava folheando e vi como título "fantasmas da internet".
Lendo a matéria descobri que as pessoas que
atacavam minha mãe foram contratadas pelo governo da cidade que eu moro para
"bater” em quem se mostrasse insatisfeito com o governador.
Espera, deixa eu ver se entendi; minha mãe
paga impostos para ser chamada de vagabunda?
Para ser acusada de traição?
De criminosa?
Ela cumpre os deveres de cidadã para ser
vandalizada dessa forma? Eu não aceito! Não aceito que falte recursos e boa
vontade para tantas coisas importantes, mas que tenha dinheiro o suficiente
para custear fakes, esses sim, criminosos.
Não aceito que pessoas sofram com a falta de
segurança, qualidade nas escolas e milhares de outros direitos básicos enquanto
o dinheiro público é gasto com um objetivo: quem discordar do nosso governo
xingue, desmoralize, "bata sem dó".
Será que quem deu vida aos tais fakes sabem o
quanto eu sofri com essa historia?
Será que eles sabem o constrangimento que eu
passei?
Por que isso não tem nada no mundo que
conserte.
Acho que todos nós votamos em um candidato
para que ele nos proteja, para que faça do nosso Estado um lugar melhor de se
viver, e não para que ele contrate uma empresa para nos “esculhambar” dentro da
vida profissional e pessoal.
Me sinto agredida, essa brincadeira foi longe
demais.
Quero que os responsáveis por isso paguem, que
a Justiça se faça valer.
Fake quer dizer falso, o que é bem a cara
dessa gestão que "cuida" de Brasília.
K. Cavalcante, estudante do ensino médio.
Fonte: www.edsonsombra.com.br
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